O início de 2025 trouxe um alívio para o mercado brasileiro. Após meses de alta constante, o dólar registrou uma queda significativa, fechando a segunda-feira cotado a R$ 6,11, com mínima de R$ 6,09. O principal catalisador dessa queda foi a sinalização de moderação no discurso de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e possível candidato às próximas eleições.

Trump, que havia sugerido a aplicação de tarifas universais de 20% sobre todas as importações para os EUA, gerou temor de guerras comerciais e instabilidade econômica global. Porém, recentes declarações de seus assessores indicam que as tarifas devem se concentrar em setores estratégicos, como defesa e energia, suavizando as expectativas do mercado.

Essa mudança no cenário trouxe um impacto direto sobre moedas de mercados emergentes, como o real. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o movimento reflete uma "acomodação natural" diante das novas perspectivas globais. "É um sinal de que o mercado está reagindo com maior equilíbrio às incertezas políticas e econômicas", afirmou.

A redução no valor do dólar traz um fôlego para a economia brasileira, especialmente para setores que dependem de importações, como combustíveis e insumos industriais. Além disso, a queda alivia pressões inflacionárias, abrindo caminho para uma recuperação econômica mais estável.

O mercado agora volta sua atenção para a divulgação de novos dados econômicos nos Estados Unidos, especialmente os números do mercado de trabalho, que podem influenciar as decisões do Federal Reserve sobre taxas de juros.

Para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a desvalorização do dólar é uma boa notícia, pois reduz os desafios econômicos que marcaram o fim de 2024. A expectativa é que o cenário global mais favorável contribua para um ano de crescimento e estabilidade no Brasil.

Enquanto isso, investidores e analistas seguem atentos aos desdobramentos das políticas de Trump, cujas declarações continuam sendo um dos principais motores de volatilidade nos mercados internacionais.